A Secretaria Municipal de Saúde de Araçatuba promoveu, nesta semana, uma capacitação sobre a organização da linha de cuidado para crianças com hipótese diagnóstica do Transtorno do Espectro Autista (TEA) e suas famílias. O curso tinha como público-alvo os profissionais da atenção básica e de serviços especializados do município e da região.
Organizado pelo Núcleo de Educação em Saúde, as atividades foram realizadas em quatro encontros, entre os dias 14 e 17, no UniToledo Wyden. Os trabalhos foram conduzidos pela diretora do segmento Saúde Coletiva – Saúde Mental da CBLyk Assessoria & Desenvolvimento, Cristiana Beatrice Lykouropoulos.
“Abordamos, basicamente, a linha de cuidado para acompanhamento de crianças com diagnóstico de TEA, na perspectiva de usar a tecnologia do brincar para fazer esse trabalho e orientação parental, otimizando a rede de saúde para que trabalhe em conjunto e essas crianças sejam melhores assistidas”, explicou.
Para Cristiana, há um aumento no diagnóstico de crianças enquadradas dentro do TEA sem configurarem, de fato, essa patologia, o que acaba impedindo que sejam atendidas adequadamente. “Então, precisamos capacitar as equipes para poderem oferecer um trabalho mais adequado”, justificou.
METODOLOGIA
A capacitação foi realizada por meio de metodologias ativas e cooperativas, sendo apresentada e discutida a realidade de cada serviço da rede de saúde. Com esse diagnóstico prévio, Cristiana sugeriu estratégias e propostas para melhorias do fluxograma de atendimento de crianças com TEA.
De Araçatuba, participaram profissionais das Unidades Básicas de Saúde (UBSs), urgência e emergência, Saúde Mental, Centros de Atenção Psicossocial (Caps) Adulto e Infantil, Apae, Ritinha Prates e Associação de Amigos do Autista (AMA), além de municípios da CIR (Comissão Intergestores Regional) Central.
“Com essa capacitação, esperamos a apropriação de conhecimento por parte dos profissionais para elaboração de estratégias de intervenção e ações compartilhadas para organização de proposta da linha de cuidado para crianças com TEA e suas famílias”, disse a educadora em saúde da Prefeitura, Rosimeire Carvalho Possani Morales.